Ter um passaporte com carimbos internacionais ou um histórico de viagens bem organizado pode contar muito na hora da entrevista consular para visto dos EUA. Embora não seja garantia de aprovação, esse tipo de experiência transmite credibilidade, responsabilidade e reforça seus vínculos com o país de origem, fatores que muitos oficiais valorizam.
Por que o histórico de viagens é um diferencial
- Quando você já viajou para outros países e retornou dentro do prazo, isso mostra que você respeita regras de imigração, o que reduz o risco de “overstay” (permanência irregular).
- Documentos, itinerários e vistos anteriores ajudam a comprovar estabilidade financeira e organização. Viajar custa, exige logística, reserva tudo isso custa algo e indica que você tem condições de arcar com uma viagem internacional.
- Durante o preenchimento do formulário DS-160, existe uma parte que pede seu “travel history”: quais países visitou, quando e por quanto tempo. Isso é usado para avaliar se você já passou por situações semelhantes, como entrevistas de visto ou estadias temporárias.
- Históricos de viagens também aparecem como perguntas em entrevistas do visto B1/B2, por exemplo: “Você já viajou para os EUA antes?”, “Você respeitou o tempo de permanência do visto anterior?”. Responder bem essas perguntas pode fortalecer sua candidatura.
Quando o histórico pode não ajudar (ou até prejudicar)
- Se houve violação de regras de imigração em outra viagem como permanência além do permitido, uso indevido de visto ou entrada irregular isso pode pesar muito negativamente. O oficial consular pode considerar essas infrações para decidir se confia em sua intenção de sair dos EUA na data de volta.
- Se o histórico de viagens for muito limitado ou inexistente, isso não é necessariamente algo impeditivo, mas significa que outros elementos do pedido vínculos com o Brasil, comprovação financeira, clareza no propósito da viagem terão peso ainda maior.
Como usar seu histórico de viagens a seu favor
- Liste claramente no formulário DS-160 suas viagens internacionais nos últimos anos: datas, países, motivo da visita. Seja preciso.
- Leve as passagens antigas, carimbos no passaporte, fotos ou comprovantes de reserva ou hospedagem dessas viagens, se possível, para mostrar consistência.
- Se você viajou para países com regras de visto rigorosas ou exigência de documentação pesada (como países do Espaço Schengen, Reino Unido, Canadá, Japão, Austrália), isso pode reforçar sua credibilidade.
- Fale disso na entrevista, mostrando que você conheceu regras de imigração, respeitou prazos e nunca teve problemas, tudo isso constrói confiança com o oficial consular.
Outros fatores igualmente importantes
- Vínculos fortes com o Brasil — emprego, estudos, responsabilidades, vínculos familiares. Esses elementos precisam mostrar que você tem motivo real para retornar.
- Solidez financeira — demonstrar que você pode arcar com custos da viagem sem depender de meios ilícitos ou de permanência indesejada.
- Propósito claro e coerente da viagem — seja turismo, negócios ou visita a familiares; itinerário bem definido ajuda muito.
- Preparação para a entrevista — respostas honestas, documentos bem organizados, postura confiante.